sexta-feira, 18 de março de 2011

A FORMAÇÃO HISTÓRICA DE SALINÓPOLIS

Desde 1613 já existe relatos de Daniel de La Toche, capitão Francês, sobre as costas de Virianduba, quando saiu do Maranhão em direção ao Mar Dulce (Rio Amazonas), ele desembarcou na região mais peninsular e tentou se abastecer, assim como, conhecer os índios tupinambás que viviam na região. A estadia do Capitão foi breve, e logo rumou para seu destino.
A efetiva colonização portuguesa se deu na região com a tentativa de prevenir os frequentes naufrágios nas imediações da costa paraense, e devido a existência de barrancos de areias em áreas como na frente de Virianduba, porquanto achava-se insuficientes as fogueiras que guiavam as embarcações, determinou o então governador do Grão-Pará e Maranhão, que fosse construída uma guarita em local estratégico, de onde o vigia pudesse avisar os navegantes, com tiros de canhão, a proximidade do canhão de entrada e de um banco de areia nas proximidades.
Com a efetiva colonização do homem branco, Virianduba – Terra de Pássaros – passou a se chamar Salinas. Nome que provinha da existência de salinas naturais encontradas em toda a costa.
Para substituir a antiga forma de sinalização na região, foi construído um Farol Náutico, visto que o Canhão de sinalização foi abalado pela fúria do mar. Em 1852 inaugurava-se o primeiro Farol, construído em um barranco na Ilha do Atalaia, sobre uma base de pedra, tijolo e cal, de 20 metro de altura por 8 de diâmetro. O seu alcance era de 20 metro e resistiu por 70 anos.
Na segunda metade do século XX Salinópolis já era uma cidade simpática e já recebia turistas de varias regiões, começou então a haver o processo de valorização imobiliária do espaço e consequentemente a intensificação do avanço antrópico sobre as áreas até então com natureza virgens, principalmente na região do Maçarico, em seguida na Área do Atalaia.
A AÇÃO ANTRÓPICA NA PRAIA DO ATALAIA
O advento da cidade como ponto turístico do Estado provocou uma série de mudanças sócio-econômicas e ambientais na cidade. No que se refere ao meio ambiente, passou-se a ser mais evidenciado o avanço da ação do homem nas áreas de manguezais e em matas virgens. A ação antrópica ainda é muito evidenciadas nas praias de Salinópolis, e as que sofrem ação mais intensa são as praias do Atalaia e do Maçarico.
A praia do Maçarico recebeu há pouco mais de uma década a Orla, evitando a entrada de automóveis na mesma, possibilitando então um processo de sucessão ecológica, pois as áreas de dunas passaram a ter vegetação, e esta vegetação já está de médio porte.
Já a Praia do Atalaia ainda é aberta à circulação veicular e recebe uma grande quantidade de turistas durante as temporadas, percebe-se então um intenso pisoteiamento das areias, assim como, as precárias estruturas logísticas dos quiosques (barracões) existentes na mesma, pois suas condições sanitárias impelem detritos, na maioria das vezes direto no mar. Ainda é percebível no Atalaia a falta de coleta regular de lixo na praia, desta forma, o que acontece é que os usuários da praia deixam seus restos de consumo e lixos na praia.
É notável então que algumas ações regulatórias do uso da raia do Atalaia devem ser feita para melhor conservar a praia, buscando diminuir, acima de tudo, a agressão ao meio ambiente.

Um comentário:

  1. PARABÉNS PROFESSOR, PELA SUA CONTRIBUIÇÃO,PARA DIVULGAÇÃO DA HISTÓRIA DE NOSSA CIDADE,CONTINUE CONTRIBUINDO PARA QUE NOSSOS JOVENS TENHAM ONDE PESQUISAR,POIS POUCOS SITES PUBLICAM A VERDADEIRA HISTÓRIA DE SALINAS.

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